22 março 2011

Mexico lindo y querido



Já passou uma semana - o jet lag persiste, as saudades aumentam.

Os mexicanos tocam nas pessoas. Chegamos e eles abraçam-nos, como se fossemos família. Acolhem-nos como se fossemos amigos desde sempre. Talvez por isso as lágrimas nos olhos de todos, nossos e deles, quando partimos três semanas e meia depois.

Não sei escolher palavras para explicar o México. Fico-me por suspiros e sorrisos saudosos e não sei sair disso. Talvez porque não haja palavras. Tão, tão cliché... Eu sei. Mas então nesse caso alguém me explique como é que se traduzem 26 dias, 5 viagens de avião, 3000 kms em viagens de autocarro, 21 cidades/povos, dois oceanos, 8 GB de fotografias e um milhão de histórias para contar num só post. Vá, desafio-vos.


Bom, fica o possível por enquanto: estive dois dias cheia de medo do que me podia acontecer. Depois relaxei e percebi que a Cidade do México não é, como toda a gente diz na Europa, "a cidade mais perigosa do mundo". É grande que se farta, lá isso é verdade - nós chegámos de noite e as luzes que cobriam a cidade iam literalmente até à linha do horizonte. Ah, e o mito do smog também é real - quando fizemos Mérida-DF de avião durante a tarde viu-se bem a capa de poluição que cobre a cidade. Mas mais do que tudo isso sentiu-se a altitude. A brincar, a brincar, os 2200 metros chegaram para me dar tonturas durante umas horas. (Eu sei, sou uma menina.)

Fora isso, não tivemos quaisquer problemas. Até deu para irmos à Guatemala e tudo. (Pronto, foram só 15 minutos, mas foi o suficiente para quase dar um ataque cardíaco a senhora minha mãe.)

Por agora fica a visão geral e uma tentativa frustrada de mostrar as cores do México. Agora tenho outra mala para fazer, que amanhã aterro em Berlim. Há quem diga que eu não tenho sanidade mental. Eu às vezes concordo.
















(à esquerda Guatemala, à direita México)






(sim, isto é um papagaio a comer o pequeno-almoço do Duarte)



(Biblioteca Vasconcelos - é absolutamente impressionante, google it!)


(é muito reconfortante que a polícia use estes blusões...)